quarta-feira, janeiro 19, 2011

Vida transitória

Mais uma noite de insônia, tantas noites na rua para não ter de suportar a insônia em casa... E hoje estou aqui! Estava me entretendo vendo seriados americanos, antes Two and a half man, agora Friends, depois The big bang theory - sim, eu adoro seriados... Até que vi um livro pelo qual tenho imenso afeto... Pequenininho, Rua dos cataventos e outros poemas, meu Quintana de bolso que já me conquistou tanto carinho, tantas lembranças... E pensei, ah, preciso do Mario Quintana agorinha... Ele deve ter algo pra me dizer... E disse... Alguns versos de Poema transitório...

(...) é preciso partir
é preciso chegar
é preciso partir é preciso chegar... Ah, como esta vida é urgente!

... no entanto
eu gostava mesmo era de partir...
e - até hoje - quando acaso embarco
para alguma parte
acomodo-me no meu lugar
fecho os olhos e sonho:
viajar, viajar
mas para parte nenhuma...
viajar indefinidamente...
como uma nave espacial perdida entre as estrelas.

2 comentários:

Rafael Alcantara disse...

E então partir, da mesma maneira que partimos para um recomeço melhor
Este momento sempre chegará.
E então partir... onde retornamos à nós mesmos no final!

Gomorra disse...

De vez em quando, fico pairando por estes seriados na madrigada também...

Mas geralmente caio num livro do Yukio Mishima, que "alimentam" meus sonhos de uma forma... Hmmmmmmm!

WPC>