sábado, novembro 18, 2006

Só Wittgenstein poderá nos salvar!

Eu sei que o título é de pimba. Mas, caro (a) leitor (a), dessa vez juro que não foi minha culpa. Essa frase foi dita aos brados pelo meu professor de Filosofia da Linguagem. Então o que quero falar neste texto? Bem, quero dizer que, de fato, percebi o quanto o pensamento de Wittgenstein poderá nos ajudar (não só eu, você também viu) a solucionar os problemas cotidianos de excessos de idéias desastrosas. Sabe aquele problemão que você arrumou? Tsc tsc, pode ser apenas um exemplo de mal uso da linguagem!

Você pode achar que estou brincando, mas estou falando sério sim. Veja bem, Wittgenstein dizia que houve na história da Filosofia uma série de pseudo-problemas. Filósofos se questionando sobre o tempo (ó), Deus (ó), e dizendo coisas aparentemente geniais, produndas, quando na verdade não diziam coisa com coisa! Wittgenstein vem botar ordem nessa bagaceira e manda esse povinho deixar de verborragia e reconhecer os limites do sentido. Do que não se pode falar, deve-se calar, diz o grande homem.

Ele fala de uma tal de "terapia gramatical". Trata-se de exercitar a crítica filosófica, de perceber até onde a linguagem pode ir, de reconhecer os diversos significados e, além do mais, ver que eles podem ser verdadeiros, mas sempre lembrando dos limites do sentido, afinal, não se pode olhar pra Monalisa e dizer "I like bananas". Agora veja como Wittgenstein pode ser de grande valia, muito melhor do que qualquer livro de auto-ajuda ou qualquer psicólogo.

Sabe aqueles pensamentos que a gente tem que não levam a lugar algum? Que só trazem preocupação? São apenas péssimos usos da linguagem! Isso mesmo! Você formulou que isso e aquilo, quando na verdade era uma questão trivial. Você não passa de um (a) filósofo (a) ruim, meu (a) caro (a).Além disso, algo que causa muitos mal-entendidos no cotidiano é essa história de achar que só o seu entendimento dos signos, das palavras, enfim, é válido. Não! É preciso entender como legítimas aquelas coisas que você acha absurdas, mas que podem ter sentido sim. Então caia na terapia gramatical!

Entendeu, né? Wittgenstein não explica, e assim é bem melhor. Entretanto, ele mesmo era um porra louca, que chega no final do Tratactus Logico-Philosophicus e diz: quem compreendeu o que eu disse no Tratactus, entende que tudo o que eu afirmei não faz sentido. Bem, entenda como quiser! E deixe de lado seus pseudo-problemas!

3 comentários:

Anônimo disse...

Bacana. Não conhecia a lógica Wittgensteiniana (aff!). Parece bem instrutivo!

"afinal, não se pode olhar pra Monalisa e dizer 'I like bananas'." kkkkkkkkkk!!. foi a pegadinha do vestibular seriado UFS-2001!!

Anônimo disse...

Sei...

Anônimo disse...

Me diga uma coisa: voce é mais uma pessoa daquelas que pegam frases soltas do "iluminado" pensador e sai repetindo, como por exemplo: "tudo é questão de limite da linguagem"...ou.."terapia gramatical"..."deve-se calar"...ou voce é capaz de dizer em que diabos consiste essa tal "terapia gramatical"? Oh! estou iluminada!! sobre o que eu não posso falar devo calar!!!!!oh! vou calar...vou calar....vou calar...vou calar...ihhh, mas não consigo...quero falar...quero falar...e lá vai a babozeira de volta:não eu aprendi que não devo falar...ah entao vou me calar...vou me calar...que coisa mas iluminada!!!!detesto seitas iluminada...seres iluminados...salvadores e seus crédulo e inúteis discípilos que no fundo só repente frase soltas. Só W. pode me salvar!!! Vou comer uma gramática por dia...