segunda-feira, julho 12, 2010

Num dia parti

Num dia parti sentindo saudade
No outro, náusea
Num dia a estrada parecia me levar para esquecer o inesquecível
No outro os quilômetros de distância me confortavam
Mas um dia eu ainda volto
Porque eu não amo o homem, e sim a cidade.

Um comentário:

Nina Sampaio disse...

Gosto do jeito que escreve. Imaginei paisagens e visualizei pessoas que passam e ficam miudinhas na estrada e na memória. Acontece. De as pessoas diminuirem na estrada, na memória e até mesmo nas concepções, a essa última diminuição, chama-se desilusão ou até mesmo constatação. E gostei do verso final.
E não é paga-pau de amiga, viu?
Mas, agora um paga-pau(zinho) (risos): você, se agiganta, ao contrário dos tipos que somem na poeira da estrada.