domingo, junho 27, 2010

O amor que fere

Hoje uma pessoa que eu havia acusado de não me amar me surpreendeu. Um certo dia eu estava sem paciência e lhe disparei uma série de mágoas. Disse que durante toda a minha vida tentei agradá-la, mas tudo em vão. O que sempre recebi foram críticas muito negativas, até mesmo nos momentos de vitória. Falta de carinho, rigidez e a reprovação constante do que faço e do que sou.

Eu jurava que essa pessoa nunca mais ia querer ver minha cara. Que ia falecer sem me dizer uma palavra. Mas, para minha surpresa, ela me enviou um presente no meu aniversário e me pediu desculpas ao telefone. Ela susurrou "desculpe" como se fosse um segredo entre nós. E naquele momento eu a perdoei. Eu também havia cometido erros, pasmen.

Hoje ela me recebeu com muito carinho e um sorriso afetuoso. Perguntou se eu precisava de alguma coisa, ofereceu-me comida. Disse que eu devia me sentir à vontade. E, estranhamente, eu percebi que algumas pessoas têm um jeito esquisito de amar a gente. E o que nos resta é o rancor eterno ou quem sabe apenas aceitar esse amor. Seja lá como ele for.

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