quinta-feira, janeiro 12, 2006

Poema ilógico


Estou recorrendo à insanidade para desfazer o mundo
O real é um enfado
Mosaico de devaneios
Está tudo ao acaso

Inimiga do tempo
Sucessão de angústias involuntárias
O tempo
Esse tempo que não passa

Existe uma lógica irracional
No meio de tanta vontade
Porque render-se ao desejo
Nunca foi por razão
Nem nobre qualidade

Se entregue às delícias do ópio abstrato
Escória!
A punição

Verás que tu não passas de um fardo
Senhora
Vivendo nos vãos das sombras das horas

Há de saber
que para viver
É preciso ter razão

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