quarta-feira, novembro 23, 2005

Pelo amor de Maria

Na porta, José se arrasta pelo chão nadando em lágrimas que inventou. Segurando o pé de Maria, ele implora pelo amor que ela tem por ele e ele não tem de volta.

-Meu amor, eu fiz um poema pra ti.

-Qual?- perguntou José, contendo os prantos cínicos e com os olhos arregalados em suspeita.

-Vá se fuder.

E José se fudeu depois que Maria bateu a porta.

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