Às vezes parece que ninguém entende. Sou constantemente criticada por ser uma pessoa afeita à solidão. Chamam isso de mania de instrospecção, medo de gente, esnobismo, egoísmo até.
Quantas e quantas vezes acharam que eu estava triste, quando em verdade só queria ficar no meu canto. Afinal, apesar de gostar muito da companhia de pessoas bacanas, eu também adoro estar só comigo. Porque sozinha eu sinto o mundo de um outro jeito e preciso deixar meus pensamentos irem longelongelonge...
É por isso que amo tanto este poema do Drummond...
Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
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