quinta-feira, março 31, 2011

Intuição - parte 3

Nossa, eu ando publicando por aqui uma vez na vida e outra vez na morte. Não por acaso, pois o mestrado tem consumido minha vida, minhas emoções, meus neurônios. Mas dei uma pausa num texto que estava lendo para fazer um pequeno e misterioso desabafo.

Durante muito tempo, acreditei que a intuição era uma coisa superticiosa. Tratava-se de uma forma de apreender o mundo baseada em sentidos por demais subjetivos e até mesmo fruto de uma percepção embaçada da realidade.

Mas a cada dia que passa me convenço mais e mais de que, em verdade, a intuição é uma forma de compreender os acontecimentos à luz de uma racionalidade que se baseia em ínfimas pistas dispostas em gestos, palavras, ações das outras pessoas com quem convivemos. A intuição é talvez uma capacidade de análise minuciosa mesmo que, todavia, se baseie em pequenas provas e em equações subjetivas.

Hoje em dia prezo e respeito minha intuição. Ela é uma espécie de guia da minha ação no mundo. E se tantas e tantas vezes eu a ignorei no decorrer da minha vida, por creditar a ela adjetivos como "noia" ou "viagem", hoje ela me permite controlar, dentro dos meus limites, a minha relação com as pessoas, e até mesmo me livra de maus bocados.

sexta-feira, março 18, 2011

Mudanças

Nesses dias em Belo Horizonte, algo muito ruim aconteceu. Chorei, fiz meu pequeno escândalo, e logo depois, como de costume devido ao meu cinismo, fazia piada com a minha própria desgraça. Por fim me dei conta, sorridente, de que "se não fosse difícil não era eu". Minha eterna vida a la novela mexicana! Sim, pois herdei de minha mãe isso de sempre me deparar com enormes contratempos, de ter de lidar com situações extremamente duras. E foi aí que eu me dei conta de que tudo de ruim que me acontece é quem sabe para aprender cada vez mais a respeitar a dor do outro, os sentimentos do outro, e a apreciar aquilo que se regozija em simplicidade. Diante das dificuldades, como diria Manuel Bandeira, "agora o que nos resta é dançar um tango argentino!". E vou vivendo, tendo por incubência essa necessidade de amar cada vez mais esse lugar...