Durante muito tempo, acreditei que a intuição era uma coisa superticiosa. Tratava-se de uma forma de apreender o mundo baseada em sentidos por demais subjetivos e até mesmo fruto de uma percepção embaçada da realidade.
Mas a cada dia que passa me convenço mais e mais de que, em verdade, a intuição é uma forma de compreender os acontecimentos à luz de uma racionalidade que se baseia em ínfimas pistas dispostas em gestos, palavras, ações das outras pessoas com quem convivemos. A intuição é talvez uma capacidade de análise minuciosa mesmo que, todavia, se baseie em pequenas provas e em equações subjetivas.
Hoje em dia prezo e respeito minha intuição. Ela é uma espécie de guia da minha ação no mundo. E se tantas e tantas vezes eu a ignorei no decorrer da minha vida, por creditar a ela adjetivos como "noia" ou "viagem", hoje ela me permite controlar, dentro dos meus limites, a minha relação com as pessoas, e até mesmo me livra de maus bocados.