domingo, agosto 30, 2009

A vida é um jogo, já dizia o senso comum


O poker tem me ensinado muito sobre a vida ultimamente. Sabemos que a arte de jogar poker é, antes de tudo, uma arte de jogar com as pessoas. Não há jogo que eu ache mais malandro do que o poker: afinal, você pode não ter nada na mão, ludibriar todos e ganhar tudo sem nem mostrar as cartas. Mas também é preciso saber a hora de blefar.

1- O bom jogador de poker não é emotivo. Não demonstra se a mão é boa, porque aí as pessoas não apostam, nem fica nervoso quando a mão é ruim, porque aí não consegue blefar. Pode reparar: quem faz enxame demais sobre as próprias conquistas ou sobre as derrotas só se fode.

2- O bom jogador acredita nas pessoas quando deve acreditar, e duvida quando deve duvidar (em geral, duvida). Se ele acha que a pessoa está mentindo quanto à mão, pode sair apostando e perder muito dinheiro. Se acredita em qualquer pessoa que aumente as apostas, perderá igualmente por desistir no meio da jogada.

3- O bom jogador não tem medo, e sim arrisca, mas arrisca com estratégia. Quem tem medo de apostar perde dinheiro e nunca recupera, porque mesmo quando está com uma mão boa não aumenta muito as apostas.

4- O bom jogador é ambicioso, mas não é tomado pela ganância. Depois de ganhar muito, é importante saber a hora em que o jogo não lhe promete mais nada para evitar a decadência. O mesmo pra vida.

Enfim, são muitas outras elocubrações de auto-ajuda adquiridas em mesas de jogatina. Se sou uma boa jogadora? Aí que está. Às vezes sim, às vezes não. Como na vida, a gente pode até saber a coisa certa a se fazer, mas nem por isso faz.

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