terça-feira, dezembro 14, 2010

Porque odeio o Movimento Estudantil


Desde que entrei na universidade, eu falo mal do Movimento Estudantil. Perdoem-me os amigos militantes, mas não poderia deixar de expressar o porquê de eu considerar o ME um movimento patético, risível e inexpressivo.

1- Se você não pensar como eles, você é de direita - Para esse tipo de gente, se você não concorda com suas práticas ou suas ideias, você é uma pessoa reacionária, enquanto ó, eles são os progressistas e revolucionários. Já vi gente se espantar quando me viu defendendo movimentos como o MST. Acham que porque eu não me inscrevo pra falar nem preencho atas eu sou pró-DEM/PSDB.

2- Falta de autocrítica - Como a moda do Movimento Estudantil é atirar pedra e não ser vidraça, eles se acham no direito de disparar as críticas mais severas contra tudo e todos (muitas das vezes estão certos), mas... Mas lhes falta bom senso para fazerem uma autocrítica e, desse modo, suas práticas pouco ou nada evoluem.

3- Falta de pragmatismo - Os militantes do ME são nefelibatas. Não no sentido bom de ser utópico e "desejar o impossível e fazer o possível". Nada disso. São nefelibatas no sentido de desorganizados, indisciplinados, e assim lhes falta consistência, união e objetivos práticos a cumprir. Resumindo: numa reunião do centro acadêmico de Comunicação você vai ouvir falar muito da necessidade de um observatório de mídia e também que "a Globo é manipuladora", porém ninguém vai se pronunciar para começar a botar a mão na massa. Assim, não demora muito para você ver um desses militantes em alguma emissora de comunicação que os "alternativos" repudiam.

4- Incomunicabilidade - Os militantes do Movimento Estudantil acreditam piamente que são pessoas iluminadas e conscientes e que aqueles estudantes mais interessados em estudar e arrumar um emprego são alienados. É por isso que um dos pontos mais críticos desse movimento é a comunicação. É péssima. Lembro-me como hoje de, durante uma greve dos estudantes na UFS, ir a uma reunião, pois acreditava que a greve era um oportunidade de lutar e não férias, e aí, como eu não era da galera militante trololó, ninguém nem me deu boa tarde e eu só fiquei aguentando os leninistas, trotskistas, caralhoistas falarem abobrinha. Enfim, a comunicação desse povo se resume a dar uma de pentelho nas aulas, falar meio mundo de merda e depois pedir o voto pra chapa que leva o nome de alguma música contra a ditadura militar. No mais, não existe um canal efetivo de comunicação com os estudantes, professores, técnicos e, não menos importante, com a imprensa.

5- Vivem no passado - Eu tenho sérias críticas a pessoas que vivem exaltando a atualidade e criticando pessoas que falam de eventos históricos um tanto distantes do universo contemporâneo. É simples: eu acredito na história e na força da memória. Mas... Mas daí a viver falando da ditadura militar são outros quinhentos. Pior: em certos papos que eu tive com militantes parecia que estávamos na Rússia de 1917 prestes a acontecer a revolução. Haja paciência. Enquanto isso, há uns poucos militantes por dentro da cena política contemporânea e do encaminhamento de determinadas políticas públicas: a grande maioria só fala clichê!

6- Dissimulam sua veia partidária - Não é novidade pra seu ninguém que muitos militantes usam o Movimento Estudantil como trampolim político. As chapas universitárias são identificadas de acordo com o partido com o qual tem ligação: Psol, PC do B, PT... Porém, os militantes sempre fingem que não é com eles quando os acusam de partidarismo. Dizem que praticam militância num movimento social a-partidário. Ok. Historinha pra boi dormir. Não seria muito mais digno assumir o vínculo com a política partidária? Sim, pois eu acredito que seja extremamente necessário haver partidos políticos na Câmara dos Deputados, no Senado, na Assembléia Legistativa, na Câmara dos Vereadores, que defendam os interesses dos movimentos sociais. Então que tenham a dignidade de assumir o partidarismo!

Por último, eu gostaria de destacar um aspecto bem a la "opinião pessoal". Eu odeio aqueles cartazes horrorosos espalhados pela universidade repletos de dizeres batidíssimos, detesto aquelas místicas que não levam ninguém a lugar nenhum (lembram-me dinâmicas de grupo de psicólogos de empresas, e eu igualmente não suporto psicologia organizacional), acho os gritos de guerra entoados pelos militantes tão chatinhos e grudentos quanto Chiclete com Banana, e ainda mais ridículo é quando eles passam o ano inteiro sem se comunicar com os estudantes "alienados" e de repente surgem nos corredores berrando e usando nariz de palhaço em nome da "revolução".

Palhaços são os outros, que tem que aguentar vocês!

5 comentários:

allysson thierry disse...

aeeeeeeeeeeeee, alguém avisa que medici n é mais presidente;
que o chico buarque n é mais moda, agora restart;
avisa que pt agora é situação;
avisa que o pmdb é quem manda nesta porra no fim das contas;
avisa que o tiririca tem a mesma capacidade politica de muitos deles...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

tatiana hora disse...

hauahuahauhaua
po, Allysson, arrasou nesse seu comentário!
hauahauhauaha

Gomorra disse...

(risos)

E A CHINESA dá na cara deles todos!

Assim, facinho, facinho...

WPC>

Gomorra disse...

Eu concordando contigo, antes e depois:

http://gomorra69.blogspot.com/2010/03/prolegomenos-da-mesa-invertida.html

WPC>

O vento que balança a árvore disse...

Porra Alysson!!! rsrsrs
você quase conseguiu ser mais ácido que Tati.
kkkkkkkkkkkk