domingo, junho 06, 2010
Ó pai, ó
Hoje finalmente vi o tão falado Ó pai, ó, e devo dizer que achei o filme uma grande bosta! As inserções videoclípticas - um ar de musical a la MTV, a câmera na mão com excesso de cortes, as baianidades estereotipadas, a atuação excessiva que lembra o teatro... Mas o pior mesmo foi o final. A montagem alternada que mostrava a imagem de uma mãe que desmaia após ver os dois filhos pequenos mortos e saltava para planos do carnaval de Salvador me causaram uma séria repugnância. Acho que o filme não soube ter o devido respeito pela morte de duas crianças assassinadas por um policial. E me pareceu que o filme tentou apresentar ares de crítica social, todavia o desejo de oferecer um final feliz ao espectador acima de tudo suplantou qualquer reflexão mais profunda acerca de problemas sociais. E a representação acabou sendo desrespeitosa. Em nome de todas as crianças pobres que sofreram abuso de poder por parte dos aparelhos repressivos de estado.
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Um comentário:
Acredita que já vi uma pessoa que não é da Bahia, mas que lá mora há anos, falar que o filme é Salvador?
Eu nunca assisti. E acho que não vou assistir nunca, mesmo.
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