Uma coisa que me emputecia muito na minha vida de redação de jornal era a tal corrida pela manchete.Quem vai dar a notícia da bomba e EM PRIMEIRÍSSIMA MÃO. No mundo do jornalismo isso vale muito mais do que uma reportagem aprofundada sobre algum tema. Não que uma reportagem bem feita e com um olhar diferenciado não tenha seu valor. Mas, repito, uma bomba em primeira mão faz muito mais efeito.
E aí que na maior parte do tempo o que um jornalista procura é DESGRAÇA, dizer coisas negativas sobre o mundo. E os assessores, do outro lado, se irritam com as investidas dos jornalistas de redação. Já vi assessor ser mal educado, mandar tirar informação da matéria, mentir descaradamente, entre tantas outras práticas deploráveis. Uma coisa que eu percebi: a grande maioria dos assessores daqui do estado não sabe lidar com jornalistas. Eles são emotivos demais, tomam as dores demais, e sabem pouco sobre o assessorado. Tirando algumas raras e ilustríssimas exceções que são pessoas educadíssimas, bem informadas, ágeis e prestativas.
Mas não é só a maioria dos assessores que é imatura. A maioria dos jornalistas também. Ficam tão loucos atrás de ferrar os outros, que tantas e tantas vezes faltam com a ética, desferem acusações imprecisas, tudo isso porque estão doidos atrás da tal MANCHETE. Eslcarecimento não dá Ibope. Escândalo sim.
E no meio disso tudo, eu ainda acho que o público poderia pensar melhor sobre o que quer da mídia. Se a mídia é assim assado é porque o público contribui com isso TAMBÉM. Uma reportagem aprofundada... iiih, passa... UMA NOTÍCIA BOMBÁSTICA E SENSACIONALISTA... uau! essa sim... Aí não dá né?
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