Abandonada ao sofá vermelho, diante da janela cheia de nuvens, o tempo está cinza, e há neve no meu peito. Encontro o prazer tão sutil e o mais nobre. O prazer das coisas simples. Em tempos assim, descubro que o bom da vida está em cantar na mente uma música suave, em fazer carinho na minha cadela, em dizer palavras bobas ou abraçar quem se gosta no silêncio da paz. Ah, como gosto dessa tarde que se vai escapando das minhas forças como uma leve brisa, a me furtar todas as coisas, deixando um vazio que me faz dormir igual criança.
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