quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Lula cola


A visibilidade nos meios de comunicação de massa é fundamental para a comunicação política, sendo assim, os líderes focam os mídias como a principal forma de conquistar eleitores. Os meios de comunicação de massa são essenciais para a formação da esfera pública nas sociedades modernas. Um equívoco da comunicação política é a espetacularização com o empobrecimento do debate em nome do marketing político.

Diante da propaganda eleitoral não há cidadãos, há eleitores. A política veste a roupagem de um produto qualquer, e a batalha pela conquista de votos é regida pela publicidade. Ganha quem é mais carismático, com as palavras mais sedutoras, a roupa mais fina. A apresentação de propostas para enriquecer a escolha dos cidadãos torna-se irrelevante.

Os programas eleitorais não informam o espectador. Eles às vezes podem se tornar verdadeiros circos, com batalhas entre os candidatos que costumam partir para a ofensa pessoal. Até os debates são permeados por acusações e injúrias as mais infundadas. É o vale tudo na busca do poder.

A grande maioria da população fica refém dos circos armados pelo horário eleitoral. Os eleitores brasileiros geralmente se guiam pelo programa eleitoral e pelos telejornais. Os jornais impressos, se comparados à televisão, ficam entregues às traças. Poucos são os meios que o eleitor brasileiro tem para se informar sobre a política, vasto é o poder da publicidade diante de “consumidores” tão ingênuos.

A emoção e o humor são os maiores apelos. O Lula sindicalista, barbado, de repente surge elegante com a barba feita entre mulheres grávidas. Tudo isso para conquistar o eleitorado feminino. São tantos os candidatos que reconhecem o espetáculo da política, e fazem dele a sua piada para angariar votos: “Rola”, “Xana”. E eles ganham muitos votos de eleitores descrentes que também acham eleição uma grande palhaçada.

A comunicação política se converge com o próprio marketing político. O candidato é um produto qualquer do modo de produção capitalista, reificado, fetichizado, e estandardizado. Reificado enquanto o valor do político é dado pela imagem vendável. Fetichizado quando as discussões não valorizam a cidadania, mas a sedução de eleitores. E a estandardização a gente vê caminhando pelas ruas repletas de panfletos, outdoors, com a sutil onipresença de certos candidatos.

Os líderes estão à venda. O voto é o preço. Um preço muito caro, que os cidadãos pagam durante anos e anos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Num país em que o povo não sabe nem escovar os dentes, só digo isso:

There's a government? I'm against that. There isn't a government? I'm against that too.

Sei que o clichê original é em espanhol, mas eu não gosto de espanhol porque me faz lembra da América Latrina, onde só tem comunista, como o Lula.

P.s.: okay, okay, chamar o sapo barbudo de comunista foi exagero.

P.P.S: se o inglês tiver errado, dê crédito. 05:29 am