Na aula de redação na oitava série, a professora explica:
- Senso comum é o que todo mundo diz, é clichê, afirmação generalista e sem embasamento. Um exemplo é aquela velha frase "Políticos são todos ladrões". Para escrever uma boa dissertação, vocês devem fugir do senso comum, procurar se embasar para levantar argumentos fortes.
Depois de anos e anos de estudo, eu regresso à sabedoria popular.
Políticos são todos ladrões.
13 comentários:
Nem sempre é ... mas muitas vezes sim, como diria Nelson Rodrigues. No entanto nesta daí eu concordo absolutamente .... estamosa em sintonia, escrevi algo parecido tb ... rs
;-)
no caso com a pergunta toda unanimidade é burra? eu questiono se o fato de todo mundo (mesmo que não ache, geralmente nos referimos a políticos como corruptos) achar que político é ladrão é burrice, porque pro nelson "toda unanimidade é burra". eu discordo do nelson rodrigues.
e meu comentário foi meio que por decepção, por acreditar em determinados políticos e depois ter me decepcionado.
Há controvérsia. Eu concordo intimamente com Nelson. Toda unanimidade é burra, nem todo político é ladrão - que é isso?! – e os inúteis, e os imbecis, e os débeis? Vamos lá, por que categorizar num só adjetivo. Toda política é um farsa da nossa capacidade democrática. Eles estão em parlamentos só para termos a falsa impressão de democracia.
eu não disse que toda unanimidade é burra. eu quis dizer que não é.
será que é burrice todo mundo chamar político de corrupto?
burrice já não digo. Mas um leve generalização...
concordo que eu devo estar errada. geralmente eu discordo muito de mim :P
mas assim, a própria forma como se faz política é desonesta, quando se faz aliança com aqueles que têm posicionamentos ideológicos adversos em nome de votos, quando se usa argumentos para sensibilizar o eleitor, e não para fazê-lo refletir. tudo faz parte do espetáculo.
Deixa eu ser claro pra evitar mal entendidos: Eu sou democrata porém não quero cair num discurso esquerdista meio cínico que consiste somente em dizer que a grama do vizinho é melhor, digo, que tudo se resolverá com uma grande revolução saindo do capitalismo pra sistemas alternativos . Primeiro por que eu acho que revolução se faz de dentro pra fora: mudando-se a condição humana, segundo por que eu tenho uma certa incapacidade de pensar assim de maneira simplista - vou ser breve, já incomodei demais - o que se quero dizer é um que político num sistema capitalista não manda em nada, tudo gira em torno do grande capital das grandes corporações... Desgraçadamente em política minha visão esta a meio caminho entre a desilusão e o pessimismo... Infelizmente... (soei meio boçal, que remédio, vou deixar assim).
foi eu quem escrevi.
também acho que a política no sistema capitalista gira em torno do capital. mas ora, a política sempre girou em torno da classe dominante, essa não é uma característica particular do capitalismo. o Estado sempre esteve a serviço dos propósitos da classe dominante, e quando atende aos desejo da classe subordinada é somente uma forma de negociação barata para manter um determinado status quo. daí vem os meus questionamentos sobre os políticos.
será que é mesmo possível haver líderes políticos sem haver relações econômicas de poder?
e o que queremos quando falamos em democracia? porque vivemos numa democracia representativa e ao cidadão cabe apenas votar. mas não seria necessário acabar com a dicotomia Estado e sociedade civil? Tornar o Estado público?
Quando as decisões acerca da vida política são tomadas pelos políticos, eles desde já nos roubam alguma coisa. Eles nos alienam da vida política. E suas decisões costumam girar em torno dos interesses do mercado. Nós participamos de esferas públicas de discussões acerca da vida política, mas esses debates se restringem a uma mesas de botecos, viram entretenimento, espetáculo.
Tudo bem, deixa eu por um grão de areia nessa engrenagem de consenso. rsrs. Devo dizer logo que, a sério, não acho que o conceito de classe dominante seja realmente determinante nesse sentido; a classe dominante é muito volátil. Quem explica pra mim que um operário - vou usar o estereotipo - tenha rigorosamente o mesmo comportamento de um burguês quando se torna um? Digo isso aceitando a idéia de que um operário possa se torna burguês (o que é beem raro). Bom, o que responde a essa pergunta pra mim é isso: se trata da condição humana, no caso, a condição humana capitalista que diz em umas quantas palavra que a maior virtude do homem é ser um consumidor; é ser bom cliente acima de qualquer outra coisa. Honra, reposabilidade, austeridade - sobretudo austeridade - são conceitos que a condição humana no capitalismo ignora ou substitui, entende? Pra mim não tem muita importância saber quem é classe dominante e classe dominada, porque somos todos, dependendo da situação, classe dominante. Pra mim, o importante é saber como mudar essa condição humana; é dizer que somos um ser social e que há outros valores mais importantes e que não podem ser substituídos como honra, entende? amor, liberdade... A idéia de que se pode quantificar, dar valor monetário às coisas é uma idéia, pra mim, sofrível.
PS.: é isso. Espero não ter parecido arrogante. Quanto a filosofia de boteco, bom, não tenho encontrado pessoas em boteco que me dizem isso que está aqui nesse blog...Não ligue por meu português, ele é horrível.
sim, claro. é muito provável a possibilidade de se um operário chegar ao poder ele agir como um burguês. eu não sou socialista, eu não acredito que se a classe operária tomar o poder acabarão as classes, e então haverá o comunismo. não mesmo. acredito que o que haveria é um controle estatal, a formação de uma nova classe dominante, e não a quebra da dicotomia Estado e sociedade civil, e não o acesso de fato do público às tomadas de decisões.
e é por isso que acho que a política é baseada em relações de poder. e isso não deixa de estar ligado ao poder econômico, a questões de classe, que não acho um conceito sofrível.
eita discussão ein?
viw, vc mato o teu profile de novo!
fez um novo?
gustavo cinéfilo?
Ô meu fio, que saudade de tu!
criei outro orkut não. depois falo contigo.
xero, perdido!
:*
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