sexta-feira, junho 16, 2006
Minha honey baby
Hoje estava conversando com pessoas queridas e percebi que há uma crise comum em gente da nossa idade. Vinte e poucos anos, já não somos adolescentes. E eu achava que era só eu. Mas certamente é algo que traz uma evolução através de muitos questionamentos. Digo, na verdade, ou você afunda, ou evolui. No caso, escolhi lutar. Elas também. Estranho é perceber que idéias que tínhamos sobre as pessoas, sobre o mundo, sobre nós, eram ilusões. Então relativizamos tudo, e aderimos ao ceticismo para, de certa forma, nos sentirmos pisando em chão seguro. Oh sim, eu estou tão cansado, mas não pra dizer que não acredito mais em você... É isso, parece que se encaixa na música. "Você" é qualquer coisa em que deixamos de acreditar. Como os caras pintadas que cantavam essa canção por não acreditar mais num determinado governo. E você? Tem a sua "honey baby"?
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7 comentários:
As "honey Babies" vão mudando durante a vida ... tantos momentos ... nos 20, nos 30, nos 40, nos 50 ... e por aí.
Dizer que é o PT fica meio lugar comum prá caramba né? Então digo que são "certas pessoas" ...
:(
no meu caso não é o PT. nem é uma pessoa específica.
e acho que se desiludir com políticos é lugar comum melhor do que se iludir.
e o engraçado de certas músicas é esse lance ambíguo, o amoroso e o político. tudo que é música de chico buarque dizem que tem um sentido político, até pedaço de mim!
bem, acho que algumas tem os dois lados. não nego o romântico, e "ui, essa música não está falando de amor, mas de política!". acho que há músicas para as quais os dois sentidos valem. mas não pra pedaço de mim, que é pura dor de corno :)
enfim, mas o sentido de Vapor Barato pra mim não é nem amoroso nem político.
Sobre a crise: É uma espécie de lucidez tão presente e tão sem mistérios que incomoda. É - como se diz? - quando nem o velho morreu, nem o novo nasceu e fica-se nesse meio termo onde nada nos consola e a vida (adulta, entenda-se - digo, emprego, dinheiro todas essas coisa que estavam fora da nossa percepção-) vai nos pondo um medo brutal. Nisso eu concordo contigo - Vc não sabe quanto – Isso da política não acredito que seja desilusão, no fundo sucede que se percebeu que isso que chama política hoje não realmente o é. Pode ser representação comercial, pode ser loby pessoal, tudo, menos política.
Sobre música, não sei não, sabe como é, música é um porra alheia a isso ai. Mas, vá lá, paciência: o álbum "Zero hour" Piazzolla já que o assunto é desespero...
"quando nem o velho morreu, nem o novo nasceu e fica-se nesse meio termo onde nada nos consola e a vida (adulta, entenda-se - digo, emprego, dinheiro todas essas coisa que estavam fora da nossa percepção-) vai nos pondo um medo brutal" (MATTOS, Danilo).
:~
kkkk vc gostou ou tá ironizando... heheheh, se tiver tirando onda fica mais engraçado...kkk
eu gostei poh. é isso mesmo o q você disse!
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