sexta-feira, abril 20, 2007

Dos amores que nunca quis

Vejo no espelho a mulher exausta
O que foi do amor que tive?
Tantos e tantos amores
Mas eram eles apenas a falta

Fora sempre uma dor a mais
Uma angústia, uma espera
Mas nunca um conforto que ficasse
Nunca uma saudade sincera
Apenas a perda
E a perda dói,
Não tanto por ainda querer o objeto amado
Mas por querer, através da dor, manter aqui o que já não está mais

Nunca o aconchego, o afeto, a proteção
Nunca a descoberta de uma mulher muito mais bonita no espelho
Nunca alguém que visse o que tantas vezes ela teimava em esconder
E não havia vergonha alguma, se era tão bonita!

Saudades, saudades infindas do amor que nunca havia tido
Saudades, como quem parte
Mas parte só por medo de ver o outro partir.

Um comentário:

Anônimo disse...

quase que eu choro lendo essa prosa em poesia...

tati, namore comigo mulher... a gente se completa tanto...
hahaha

:*