Vejo no espelho a mulher exausta
O que foi do amor que tive?
Tantos e tantos amores
Mas eram eles apenas a falta
Fora sempre uma dor a mais
Uma angústia, uma espera
Mas nunca um conforto que ficasse
Nunca uma saudade sincera
Apenas a perda
E a perda dói,
Não tanto por ainda querer o objeto amado
Mas por querer, através da dor, manter aqui o que já não está mais
Nunca o aconchego, o afeto, a proteção
Nunca a descoberta de uma mulher muito mais bonita no espelho
Nunca alguém que visse o que tantas vezes ela teimava em esconder
E não havia vergonha alguma, se era tão bonita!
Saudades, saudades infindas do amor que nunca havia tido
Saudades, como quem parte
Mas parte só por medo de ver o outro partir.
Um comentário:
quase que eu choro lendo essa prosa em poesia...
tati, namore comigo mulher... a gente se completa tanto...
hahaha
:*
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