segunda-feira, abril 17, 2006

Canção de Alguéns


Eu não sei quem sou
Talvez porque seja alma diferente
A cada vida minha
Toda essa gente
não sabe das fantasias

Eu sou alguéns sem nomes
Túmulos e partos
Saudades, boas vindas
Eu tenho puro tato
O silêncio dessa noite me lembra as rodovias

Não sei para onde vou
Eu vago pelo dia
Eu quero a madrugada
Não durmo por sonhar tanto
Eu quero demais, demais, demais
E ando flutuando

Meu peito vive aberto
Refém do que não quero
E de todos os quereres
Desejo ser a chuva
quando ela cai na terra
E dá de beber aos seres

Eu não sei quem sou
Eu sou a mentira
Todas as miragens
Quase tudo que eu quis
Esses rios no sangue
Que não têm margem
Levam até longe de mim

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