sexta-feira, março 31, 2006
Palavras, palavras, palavras
No fluxo das horas chego atrasada para quase todos os momentos diários. Sobre passos, tudo volta e segue para a mesma rota, aonde eu vou parar. Trezentos e sessenta. Escrever coisas que não fazem muito sentido, porque para haver sentido é preciso haver um certo regimento das idéias, palavras acabam soltas, avulsas, e o dilema de não saber de nada além de que nada sabe. Perder-se nos rumos das palavras. As palavras e as coisas. Coisas e signos arbitrários, as palavras abstratas, nunca expressando tudo o que há. Não chamaria de imperfeição. Se as coisas fossem feitas para expressar palavras elas também não dariam conta de todo o sentido. De início havia o Verbo. Primeiro eram as palavras, como se tivessem um poder criador, eles acreditavam. Mas de início eram as coisas e o homem fez o verbo. Pensamentos seguindo um fluxo desnorteado, vai bater num poste, vai, vai. Postes e luzes. As moscas em volta da luz, insetos adoram luz. E eu odeio ruas com postes sem luz. Mas não sou um inseto. Isso não faz sentido, é o fluxo do pensamento desvairado. A lógica circular é a falta de lógica.
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