sábado, maio 29, 2010

Meu currículo tá na rede

Ontem numa palestra uma ex-professora minha afirmou que quando recebe currículo de alguém, a primeira coisa que ela vai olhar são as páginas pessoais dessa pessoa na internet. Isso me encucou. Afinal, apesar de às vezes escrever textos mais sérios, geralmente eu uso a internet pra falar abobrinha, pra descontrair, pra descansar das minhas atividades do dia a dia.

Não economizo palavrões nem sarcasmos politicamente incorretos. Aí a pessoa vai lá e vê tudo isso e, é claro, não me leva a sério. Nem por isso deixo de me comprometer com minhas atividades e etc.

A verdade é que tudo isso me lembra a seleção da Vale do Rio Doce. Lá eles perguntaram até como era a relação com a minha mãe. Uma psicóloga da organização me questionou se eu bebia e, depois que eu afirmei que bebo sim aos fins de semana, ela fez uma cara de reprovação.

Algumas instituições podem fazer bom uso dessa história de olhar perfis, blogs e etc, mas outras certamente são babacas. Uma entrevista como essa da Vale é idiota. A psicóloga contratada por eles mais idiota ainda. Tudo uma hipocrisia sem tamanho. Então só trabalha na Vale quem não bebe, não fuma? Eles só contratam straight edge? O fato de eu ir ao bar com meus amigos faz de mim uma pessoa INCOMPETENTE? Sem compromisso com meu trabalho?

Parece que as instituições querem encontrar as pessoas perfeitas de currículos perfeitos para trabalharem em suas empresas. Mas sinto muito, meus senhores, isso não existe não.

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