quarta-feira, julho 02, 2008

Crime perfeito

Quando olhou pra mim e vi um riso contido, e as maçãs do seu rosto enrubrecidas, percebi que havia notado o meu encantamento. Era demais pra disfarçar. A sua postura paternal, a adultez mesmo nas brincadeiras mais banais, ele se esquivava. Tenho idade para ser seu pai. Teria me feito quando ainda criança - repliquei.

Porém, o rosto sobre a mão, o semblante magnetizado a observar precisamente os meus movimentos, que vi quando de repente me virei na sua direção, mostravam-me uma prova do crime. Mas o crime não aconteceu.

Um comentário:

e.m. disse...

Como disse antes, com Foucault aprendi a ler o texto, independente do contexto ou das aparentes situações de nossas representações. rs..

;***