Eu sou do Jornalismo, porém anti-social. O que mais exijem das pessoas dessa área é que elas sejam "comunicativas". E eu com essa minha cara de poucos amigos. Na verdade tenho muitos colegas, conheço bastante gente, entretanto, é comum algumas pessoas dizerem que, num primeiro momento, acharam-me muito arredia, calada, tímida, para depois descobrirem uma moça brincalhona, festeira, palhaça mesmo.
Dizem que sou antipática, metida. Afirmam que tenho aquele ar blasé que se eleva com indiferença diante dos meros mortais. Mas a minha distância é sim uma timidez, um recato perante o desconhecido, um cuidado na aproximação. Antes prefiro sentir o ambiente para saber onde estou pisando.
Além do que eu não sou afeita a puxar papo forçado. Conversas sobre o tempo me irritam. Ser super simpática com quem mal conheço também. Prefiro que os papos surjam assim, sem mais. Como quando você derruba o lápis no chão e vê o nome da escola onde estudou na quinta série, e então pergunta se o dono do lápis também estudou lá, e quando, e se gostava, e comenta que havia um parque muito legal com um balanço, e que um guri maldito te derrubou e te deixou com marcas roxas.
Gosto assim. Entretanto, o tempo e a experiência têm me provado que devo mudar esse meu jeito, essa minha mania de ficar na minha. Às vezes as pessoas querem que você tome alguma atitude no sentido de procurar conhecê-las. De certa forma, elas querem se sentir importantes e saber que você tem algum interesse nelas. Senão pensam que são chatas, que você não quer amizade com elas, ou ainda que você não as considera dignas de sua atenção.
Um comentário:
Você, blasé?
litros longe disso...
Mas, só um adendo: acredito que quando as pessoas reclamam por uma atitude sua, não é que queiram sentirem-se importantes, mas pq reconhecem a importância que vc faz na vida delas! Muitas vezes ao pensarem se são chatas, pensam o contrário, ao querer cativa tua presença!
Postar um comentário