sábado, outubro 25, 2008

Somos tão jooovens, tão joooveeeens...

Bem, tomei café demais hoje à noite, tá foda conseguir dormir, então resolvi escrever pro blog, numa espécie de monólogo besta pra me distrair.

Hoje vi um filme que tinha uma adolescente em crise. De cara, o filme mostrava umas cenas de um povo de preto, fazendo cara de "muito doido", enquanto rolava aquele rock paulêra. Minha antipatia foi inevitável. Sabe por quê? Porque eu odeio adolescentes. Isso é um fato.

O pior é que a pirralha em questão fugiu de casa e foi se juntar a um grupinho de maloqueiros que se achavam os alternativos, mas não passavam de imbecis alienados. Irritação profunda. Sabe, eu tenho nojinho daqueles pirralhos que andam com trocentos piercings na cara pra "chocar a sociedade". Aqueles guris punks que batem ponto no shopping. Sabe aquele tipo de gente que adora Rage Against e acha que é mendigo em plena praça de alimentação do shopping? Pois é!

Enfim, mas pior do que os adolescentes é tudo aquilo dedicado a eles. Seja campanha anti-drogas (não tô dizendo pra todo mundo virar Amy Winehouse, mas é que não suporto aqueles professores de Redação que só pedem pros guris escreverem sobre o POLÊMICO tema das drogas), seja papinho de que mainha tem que explicar o que é sexo e como se coloca camisinha (alguém descobriu o que é sexo ou como se coloca a camisinha pela mãe? ou já sabia bem antes hãm?), seja filmes com garotas de torcida, jogadores de baseball e meninos feios de óculos... É por aí, toda essa coisa Malhação, Capricho e MTV. Mas será que o problema são os adolescentes de hoje em dia? Essa coisa toda "pós-moderna" ou sei lá o quê?! Sei não...

Adolescentes são tão insuportáveis que Jesus Cristo abafou essa parte da história pra não se queimar. Não tá na bíblia, pode conferir.

*Sobre a minha adolescência, prefiro não comentar...*

sexta-feira, outubro 24, 2008

Ah, eu posso até estar pensando com uns drinks a mais, mas... Isso pode parecer clichê! Mas que seja! Sabe, isso em outros momentos poderia me soar como um clichê, uma cantada barata, mas agora... Sei lá... É como se todas as cantadas vagabundas fossem de verdade. Eu penso: nunca senti isso por ninguém. O que é isso: Está certo que me apaixonei por algumas pessoas, amei outras... Só que eu nunca olhei pra alguém e tive a porra da certeza de que sempre admiriaria essa pessoa. Não sei se você vai entender, é meio complicado. Olho pra várias pessoas e vejos pessoas normais. Daí olho pra você e vejo alguém por quem eu seria capaz de passar a minha vida toda, mas ouça bem, eu disse A VIDA TODA apaixonada. Eu NUNCA senti isso por seu ninguém. Para mim é plenamente lógico e possível eu para sempre te amar, cara. É que você é a porra do meu tipo cagado e cuspido. O seu olhar... eu nunca vi coisa me deixar mais inquieta, mexer mais com minha alma, do que seu olhar... Você vira de lado, você se esbarra em alguma coisa- todo desastrado do jeito que você é- você mexe sua boca, tudo é muito bonito e atraente pra mim, exatamente do jeito que você é, eu te quero. E não adianta. Todos os caras parecem caras ordinários perto de você. Isso é amor platônico, mas eu casaria você... putz, essa sua energia muito boa...Esse seu sotaque tão gostoso... Esse seu jeito... Sabe o que é admirar alguém por essas coisas? Pois então: eu te admiro não por você ser o mais alguma coisa, mas porque você se preocupa, você balança o pezinho e é um charme, você usa sempre o mesmo tênis, o seu "porra", "meu" são as coisas mais lindas, a forma como você segura o queixo e olha de soslaio pra pensar "será, cara?"... você, sei lá. você é muito lindo, porra!

quarta-feira, outubro 22, 2008

Então ele posiciona as mãos de modo a formar um quadro através do qual ele me observa por trás de uma câmera imaginária. Situa-me no centro desse quadro. Dirige o olhar fixamente para os meus olhos, como uma espécie de voyeur contemplativo. É alguém que me espia, que está à espreita. O jogo entre o olhar do voyeur e aquele que está sendo observado, o objeto que se torna consciente da sua condição. Todo o lirismo da sedução e do desejo tendo como foco o olhar... Ao fim, tudo se torna pura imagem, e o olhar se confunde num ponto sem extensão entre o observador e o observado. O personagem que olha diretamente para a câmera. O espectador através da câmera. Cópula visual entre o que é visto e o sujeito do olhar, invertendo seus papéis ao infinito. Meus olhos resistem, eles perdem o foco, mesmo mantendo-se na mesma direção. Percebo que ele havia deslocado brevemente o olhar, para depois regressar a mim, mas seus olhos, assim como os meus, haviam perdido o foco. Nossos olhos, então, se separam, e eu sinto a quebra de um encanto; parecia que um filme havia terminado, e tinham acendido as luzes do cinema - cinema de nós dois. Os outros teriam notado aquele jogo de olhares? O jogo havia realmente acontecido?
Quando pequena, assisti a algumas novelas. Certamente, entre as cenas que mais me atraíam, estavam aquelas clássicas de mulheres a beira de um ataque de nervos jogando vasos na parede ou pratos no chão. Eu sempre sonhei em ter pratos disponíveis aqui em casa com o objetivo de atirá-los no chão, um a um, só para aliviar as tensões. Deve ser uma puta de uma terapia.

sábado, outubro 18, 2008

Ontem, quando estava na cozinha procurando alguma gororoba para jantar, encontrei um pacote de pães de forma contendo apenas algumas poucas unidades, então percebi que alguém havia rejeitado o primeiro pão e colocado depois de outro pão, e aí outra pessoa veio e fez a mesma coisa, e assim sucessivamente. O primeiro, igual ao último pão de forma, como vocês devem saber, é aquele menorzinho, chochinho, sem graça. Por isso tanta gente deixa pra lá.

O mesmo acontece com o primeiro biscoito. Quando as pessoas abrem o pacote com aquela fitinha vermelha que facilita o trabalho (ou não), geralmente a primeira bolacha fica lá na pequena parte acima da fitinha, esquecida, até um tanto quebrada. Pois quando eu abro o pacote, vou direto até o primeiro biscoito, repartido, vilipendiado, incompreendido e descartado, e o como enfim!

Daí que ontem comentei que todo mundo despreza o primeiro e o último pão de forma, assim como a primeira bolacha do pacote, mas eu não, eu gosto deles! Então meu irmão soltou essa pérola, enquanto eu passava margarina no primeiro pão de forma:

- É que você gosta de coisas rejeitadas.

Será?

PS: Preciso enfatizar aqui que a falta do acento circunflexo no pão de forma me incomoda profundamente, posto que me parece pão de forma, como boa forma, e não pão de fÔrma!

sexta-feira, outubro 17, 2008

I feel my luck could change

Uma coincidência muito estranha aconteceu. Um ano depois, dez anos depois. O que está por trás dessa magia dos números 1 e 10? Outubro, o mês. O passado parece entrar num eterno retorno... mas as narrativas são sempre distintas... e isso tudo, aonde é que vai dar?
Antigamente, quando alguém vinha jogar na minha cara os meus defeitos, eu me retraía toda e ficava triste e surpresa diante daquelas características que, na maioria das vezes, eu nem tinha reparado em mim. Hoje sinto que estou bem mais feliz com meus defeitos. Eles não me fazem sentir culpada, nem pior do que os outros. Sabe por quê? Porque agora estou mais segura das minhas virtudes. O dedo na cara não desmonta o que eu sou, mas tão somente apontam para o que eu já conheço e aprendi a lidar. Passei também a me divertir com minhas próprias mancadas, a mangar do tombo, com a classe e irreverência de quem aprende com os erros e não faz questão nenhuma de ser perfeita.
Descobri uma atividade muito legal: cozinhar. Isso mesmo. A vida toda eu sempre deixei queimar, coloquei sal demais, essas coisas. Hoje em dia encaro cozinhar como uma atividade catártica, e fico muito feliz quando faço uma comidinha de que as pessoas gostam.

Cozinhar exige cuidado, você tem que cortar os vegetais assim assado; requer atenção, pois você deve reparar direitinho para ver se está no ponto; cozinhar exige método também, pois os ingredientes precisam ser refogados numa ordem X; tudo também tem que ser feito com a maior delicadeza... é necessário ser preciso, sim, tudo na medida certa e com dedicação aos mínimos detalhes, porque são os mínimos detalhes que fazem a diferença entre duas tortas realizadas a partir da mesma receita. E tem que ter amor também. Aquela comida feita às pressas, com má vontade, de qualquer jeito, com certeza não terá o sabor daquela feita com carinho, atenção, cuidado, precisão e método.

Cozinhar é uma arte, meus caros.

quarta-feira, outubro 15, 2008

Para Luiza

Oi...

Então, acho que houve um grande mal entendido entre a gente. Não sabia que o que eu disse ia te deixar tão magoada. Você falou como se eu quisesse lhe fazer algum mal, e disse que eu estava usando o que sabia sobre sua pessoa contra você. Quero que saiba que não foi essa minha intenção.

A verdade, Luiza, é que eu venho tentado me reaproximar de você, mas você sempre me afasta com tanta hostilidade. Não importa o que você vai achar do que estou dizendo, quais intenções vai atribuir a mim, todavia eu quero mesmo é falar que não sou seu inimigo e nem quero ser. Eu só não entendo muito bem essa sua mania de se auto-destruir, de se denegrir, você precisa se proteger de si mesma.

Não sei que demônios te afligem. Não sou nenhum deus pairando acima dos homens para te julgar. Só enfatizo aqui que não te vejo como uma estúpida, tola ou coisa parecida. Apenas, repito, não compreendo essa sua insegurança - ela é para mim um deslocamento. É uma coisa descabida em você, ela não era para estar aí. Você tem qualidades que ainda não descobriu, qualidades essas que me fazem te admirar pelo que você é.

Só acho que você precisa de mais coragem e força para lutar, pois reconheço em você um grande potencial, uma grande mulher. Não tente se esconder de mim, por favor. Digo, quem sou eu para lhe dizer o que deve fazer?

Fica bem, Luiza.

PS: desculpe por qualquer palavra insensata. Nem revisei o texto.
Ah, essa saudade que eu sinto
me afoga o peito sem razão
Se eu voltar pra você
vai ser porque eu não consegui te esquecer
mas juro que também não terei conseguido esquecer
meus motivos, e então
eu lhe digo
que de novo partirei
sem ter arrumado as malas
como quem vai embora, mas não tem casa - fugitiva
e para não voltar ao falso começo - onde não há saída
começo com ares de meio e incômodo de fim
resta assim a cada um de nós, a parte
ser nada além de apenas uma parte.

segunda-feira, outubro 13, 2008


O Brasil é o único país do mundo onde puta goza , cafetão sente ciúme , traficante é viciado e pobre é de direita.


Grande Tim Maia. Grande mesmo!

domingo, outubro 12, 2008

Filosofia de boteco

Em certos contextos, pensar demais faz mal à inteligência.

sexta-feira, outubro 10, 2008

Vamos ver quem tem a vida mais fácil!

Canso de ouvir por aí dizerem que vida de mulher é muito fácil - afirmam categoricamente que é só chegar. Frisam que para a mulher bonita então, nossa, todo fim de semana haverá não sei quantos homens querendo sair com ela. Já os homens, coitados... Eles têm TANTO trabalho para conseguir qualquer coisa. Pobrezinhos. Agora vamos aos fatos.

Corrijam-me se eu estiver enganada, ou avisem-me caso eu seja lésbica, mas definitivamente existem MUITO mais mulheres bonitas do que homens bonitos. Não sei se isso ocorre devido ao efeito dos tratamentos de beleza... Mas o fato é que quando eu chego a uma festa, vejo trocentas mulheres bonitas e emperequetadas, e só uns pouquíssimos caras bonitos.

Começa daí né. Depois vem aquela lenga lenga segundo a qual homem é quem pega mulher, e mulher pega quem quiser, e só faz aguardar. RÁ-RÁ-RÁ! Até parece! Meus caros, é a mulher quem pega o homem, na grande maioria das vezes, e o faz acreditar que foi ele o grande conquistador da história. Homem é tão maria mole que não dá tiro no escuro nem a pau - a auto-estima dele vai até o fundo do poço depois de um fora, e mulher nenhuma vale isso tudo.

Aí já viu: a mulher tem que ir ao ataque, digo, demonstrar interesse para o garanhão se aproximar. Junte a isso o fato de ela estar no meio de não sei quantas mulheres bonitas. Nesse contexto, homem não precisa ser tão bonito, legal e inteligente para fazer o MAIOR sucesso. Basta ele ser "ajeitadinho", conversador e enrolar um pouco sobre diversos assuntos, para o cara ser desejado por muitas. Eu digo muitas MESMO. E se ele tiver carro então... as feministas que me desculpem (odeio machismo, mas me declarar feminista seria meio "cansativo", explico em outro post), não obstante, a observação empírica me fez concluir que a grande maioria das mulheres se interessa mais quando o cara tem carro.

Outra coisa: homem raramente baba ovo de mulher, faz isso quando está apaixonado ou quando quer comer alguma menina com juízo de 15 anos (ou que ele supõe que tenha juízo de 15 anos), já mulher... É uma rasgação de seda só. Mimimi pra cá, mimimi pra lá, mensagem, scrap, blá blá blá.

Por fim, recordo do comentário de uma amiga que diz que seu namorado bonitón, porém que nunca foi pegador, não tem noção da quantidade de mulheres com quem ele poderia ficar. Lembro também de uma prima que namorava um bonitón, e foram inúmeras as vezes em que ele veio me cumprimentar e, logo depois, alguma colega minha soltava um "quem é esse? bonitinho ele viu! e parece ser tão gente fina!", e daí eu tinha que cortar com um repetitivo "é namorado da minha prima, hehe". Então a gente percebe que mulher é um bicho besta, e que não é preciso fazer muito esforço para ser um cara desejado por muitas.

Homem não precisa ser muita coisa pra fazer sucesso: basta ser ajeitadinho. Possa crer que um cara bonitinho já arranca não sei quantos comentários entre miguxas quando passa. Quando um cara - não precisa ser muita coisa não, basta ser razoável - chega a um show, ele tem muitas, mas muitas possibilidades de ação, sendo apenas educadinho e um pouco esperto.

Em se tratando de feios, dizem as más línguas que a natureza não oferece refúgio. Pois eu vos digo que bastam algumas horinhas de academia para o feio virar "o fortinho", "gostosinho", mimimi. E tenho dito!

quinta-feira, outubro 09, 2008

Back to black


Não consigo parar de ouvir a Amy Winehouse. Ao procurar informações sobre a cantora, só encontrei notícias referentes aos seus vícios e bafóns homéricos, claro. A celebridade mais escandalosa de toda a história da indústria cultural, a menina dos olhos dos paparazzi, a favorita do tablóide The Sun.
O mais extraordinário nisso tudo é a forma como Amy Winehouse é a própria encarnação do espetáculo: ela fala sobre seus vícios nas suas canções, e diz que não vai para uma clínica de reabilitação (They tried to make me go to rehab, but I said no, no, no!), conta que dormiu com ex (há boatos de que ela recorreu ao ex enquanto o marido estava na prisão), e ainda avisa: I told you, I was trouble, you know that I'm no good... Ela entoa que espera seu grande amor sair da cadeia no cover de Valerie, feito em dueto com Mark Ronson. Ela se deita no chão da cozinha, em um clipe, segurando um copo de whisky, sua bebida favorita, representando um porre de dor de cotovelo.

Amy Winehouse canta sobre sua própria vida para todo mundo ouvir... Ela não é só uma cantora: é um personagem de carne e osso. E parece que a sua grande glória será morrer jovem, o que ela demonstra pelo seu instinto irrefreável de auto-destruição. Tal paixão pela morte levou mulheres depressivas e de vozes poderosas, a exemplo de Billie Holiday e Janis Joplin, ídolos de Amy Winehouse, ao falecimento por overdose. Só que ela está tão entregue ao vício, em uma sociedade em que as imagens se multiplicam cada vez mais, quando a rapidez das informações permite uma cobertura detalhada de escândalo a escândalo, que sua partida não teria nenhum glamour: as imagens não são de uma cantora eternizada pela sacralidade da morte na juventude, mas sim fotografias de uma mulher decadente e desesperada. Seria isso tudo um grande show?

quarta-feira, outubro 08, 2008

- Eu gosto de Cinema.

- Sim, e você vai ser o quê, uma estrela????!!

- Não, meu sonho não é ser atriz de novela da Globo :)

- Então você quer fazer o quê?

- Filmes.

- HAHAHAHA. Mas aqui no Brasil?????

- =/
Como sonhadora incorrigível, tudo que não é amor sempre me pareceu muito pouco!
Aplica-se em mim
Como dor sutil de injeção de sangue
Um tédio agudo
Que me suga
Como sanguessugas
dispersas sobre minha carne
O gosto de viver a vida
E torna-me vampiro dos dias

Não sei se quero mais
Não vejo nenhuma saída
O desespero
Como um assomo do começo
Da partida

Não tenho dinheiro
Não há como ir a lugar algum
Preciso de emprego
Onde não haverá ideais
Só o senso pragmático
E o salário para as coisas banais

O que eu quero não cabe nesse lugar
Talvez nem seja do ofício dos homens
O que eu quero me consome
Como se eu não quisesse nada além de sonhar
Como se todas as minhas forças
E todos os meus pensamentos
Convergissem na intersecção
da realidade de todos os amores vãos

domingo, outubro 05, 2008

Orkut nas eleições

vc ainda não tem vereador. Aracaju precisa de um vereador com uma trajetória de vida marcada pela luta a favor das diferenças,um parlarmentar que viva a discrimenção e tenha coragem de combatê-la sem ódio; um legitimo defensor do respeito às diferenças. FULANO XXXXX

Boca de urna pelo orkut pode?

Café filosófico no MSN

Tati diz: as pessoas raramente sacaneiam as outras na cara de pau
[kLeBeR] diz: aham
Tati diz: geralmente elas botam um monte de explicações, ou desculpas, ou coisas veladas
[kLeBeR] diz: Isso se chama sociedade
[kLeBeR] diz: kkkkkkkk
Tati diz: éeeeeeeeeeeeeee
Tati diz: que é pra depois dizerem que não tinham más intenções
[kLeBeR] diz: issoooooooooo

sexta-feira, outubro 03, 2008

Estava conversando sobre as tais das pessoas "difíceis". Ouvi um pedido de conselho sobre telefonar ou não. Disse que devia.

- Ah, mulher, mas ele vai achar que eu tô na dele.

Respondo: e daí? Sim, e daí? Desde quando o fato de uma mulher não ligar para o cara, não demonstrar interesse, indica que ela é a bam bam bam? O mesmo para os homens.

Por trás dessa "gostosura" toda, desse cu doce, lenga lenga, existe muitas vezes uma BAITA de uma insegurança. É assim: eu não quero me dar mal nessa história, portanto, sou a pessoa difícil. E quantas vezes os mais seguros acreditam no próprio taco e investem sem medo de ser feliz?

Não foram poucas as pessoas "fáceis" que eu vi se dando bem, não mesmo. Homens que, num primeiro momento, diziam "eu não vou gostar de você, cuidado, eu sou maaaaaau", de repente apareciam babando pela guria "fácil", que corre atrás sem orgulho nenhum - só bastante auto-estima. Mulheres que faziam o cara de gato e sapato, depois se encantaram pelo bonzinho que dá atenção, amor e dengo dengo.

Gente que faz cu doce é que nem pudim da Casa Alemã: por mais que a gente queira comer, acaba enjoando e jogando o resto no lixo.

Aula da saudade

Segunda-feira eu fui à aula da saudade de uma grande amiga minha. Nunca tinha visto uma, e dessa vez houve certa insistência por parte dela em me fazer ir. Era também para eu ter uma aula da saudade, mas o fato é que esse semestre eu fui a única pessoa a se formar em Jornalismo, e seria impensável um evento desse só para mim, como também não quis colocar nome em placa, nem irei à colação de grau no Emes, aderindo àquela boa e velha colação no DAA. Dispenso todos esses rituais de passagem sem nenhum problema, enquanto algumas pessoas estranham bastante as minhas escolhas, como se eu não fosse uma pessoa “normal”. Muitos podem até imaginar que eu não gostei da universidade, mas a verdade é que eu gosto tanto que pretendo passar a vida inteira vinculada à academia.

Bom, mas voltemos à aula da saudade. Eu achei muito bacana meeesmo. Principalmente porque a turma em questão era muito unida, com alunos que eu acompanhei de perto e vi que eram companheiros de guerra em festas de arromba, congressos e movimento estudantil. No mais, adoro nostalgia, e essa aula tinha um clima propriamente nostálgico, claro, e as pessoas pareciam ter saudade de tudo: desde as crises com relação ao curso até as piadas de alunos e professores em plena sala de aula, como se tudo aquilo fizesse parte de um processo de amadurecimento. Algumas falas me pareceram melosas e forçadas como discurso de padre em casamento, enquanto outros eram sinceros agradecimentos a tudo o que a vida pode oferecer, e terminavam às vezes com uma lágrima tentando se esconder no cantinho do olho.

Lá na aula, os ex-alunos responderam a algumas perguntas sobre a universidade feitas pelas duas professoras mais queridas da Biologia. Agora vou responder a essas questões aqui, numa espécie aula da saudade particular kkk.

Qual foi a pior refeição feita no Resun?

Nossa, pergunta difícil essa, porque foram muitas. Eu detestava a comida daquele lugar, e chegou um momento em que realmente não dava para comer mais lá, quando parei de comer carne. Enfim, havia várias refeições que, assim que eu via no cardápio do dia, eu simplesmente dava as costas e ia comer em outro lugar, do tipo fígado, rabada e carne de porco, alimentos que eu não consumia nem na minha casa, imagina no Resun! Mas a pior refeição mesmo para mim foi uma que eu sequer fiz. Quando eu peguei o prato e vi que o salpicão de frango (uma das poucas refeições do Resun que eu gostava) tinha acabado, e o cara botou no meu prato uma porra de uma dobradinha...

Gente do céu, o que era aquilo?! Era muito, mas muito feio mesmo! Eu estava morrendo de fome, mas não consegui comer um pedacinho sequer de tanto nojo que eu tive. E eu nunca tinha comido dobradinha na vida. Lembrei também, assim que ergui o garfo para comer aquela porcaria de dobradinha do Resun, que um colega meu teve uma diarréia fuderosíssima num congresso em Salvador por causa de uma dobradinha que ele comeu na casa da sua avó. Fiquei imaginando então o que aconteceria comigo se eu comesse uma dobradinha do RESUN! Baixei o garfo, é óbvio! Jesus, apague a luz!

Qual foi o melhor congresso?

O melhor congresso em termos científicos para mim foi o Intercom em Natal, mas digamos que os eventos em que curti a “vibe” mesmo nem eram de Comunicação Social, mas foram uns encontros de História e Biologia que ocorreram aqui na UFS em 2005.

Qual foi a melhor festa?

As melhores, eu diria, aconteceram na república onde mora um pessoal da Biologia e uns agregados. Mas essas festas eram mais bacanas em outros tempos, ultimamente o povo só faz jogar truco! O pessoal tá ficando velho :~~

Quem foi sua grande companheira de UFS?

Ah, sem dúvida foi Ieda, minha amiga com quem divido assuntos nerds, noias, confidências, e um pouquinho de veneno também.

É isso... agora sabe qual é a coisa mais apaixonante daquela universidade? O ambiente decadente de universidade pública! O mato! Deitar nos banquinhos pra pegar o vento gostoso de junto das árvores logo depois do almoço! Ah, delícia! Bom, agora é só esperar a minha EMOCIONANTE colação de grau no DAA.